Associação Brasileira de Combate ao Câncer Infântil e Adulto
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"Trabalhar por amor. Direcionar habilidades para a causa do combate ao câncer." Unir-se a outras pessoas em torno de um objetivo comum. Defesa e garantia dos direitos das pessoas com câncer. São os objetivos do trabalho desenvolvido pela ABRACCIA.

Câncer Infantil X Câncer de Adultos

 

Entender as diferenças pode facilitar a jornada da família pelo diagnóstico

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), mesmo com alto índice de cura, as neoplasias na infância são a segunda causa de morte em crianças e adolescentes de 1 a 19 anos incompletos, perdendo apenas para causas externas como acidentes e homicídios. O câncer ocorre quando há o crescimento desordenado de células do corpo humano, que invadem tecidos e órgãos. Esses tumores tendem a atingir as células que constituem os órgãos, causando câncer de mama, pulmão e próstata, por exemplo. Já os cânceres infantis frequentemente atingem o sistema hematopoiético (sanguíneo), o sistema nervoso central e os linfonodos. Os tipos mais comuns são a leucemia (câncer no sangue), os linfomas (câncer que atinge o sistema linfático) e os tumores cerebrais. Além desses, os tumores como o de Wilms, que acomete os rins, o neuroblastoma, e o retinoblastoma – um tumor ocular – são praticamente exclusivos de crianças e muito raros em adultos. O câncer em um adulto pode ocorrer a partir de uma mutação em resposta aos fatores ambientais, como fumar, não se exercitar e os hábitos alimentares. “Nas crianças e adolescentes, 90% dos casos são aleatórios, ou seja, sem nenhum fator de risco associado conhecido”, explica Dr. Cláudio Galvão de Castro Jr., presidente da Sociedade Brasileira Oncologia Pediátrica. “O câncer em crianças, mesmo muito agressivo, tem uma das maiores taxas de cura, chegando até a 75% de chance quando detectado precocemente. Isso porque o diagnóstico precoce proporcional uma resposta melhor aos tratamentos atuais”, complementa o especialista.

 

Atento aos sinais

 

É preciso ficar atento aos sinais que, num primeiro momento, são similares ao de doenças comuns, mas que merecem um cuidado especial quando persistem. Entre os sinais que merecem atenção, o INCA destaca:

  • Palidez, hematomas ou sangramentos, dores ósseas.
  • Caroços e inchaços – atenção redobrada se forem indolores e não apresentarem febre ou sinais de infecção
  • Perda de peso inexplicável ou febre, tosse persistente ou falta de ar, suor noturno.
  • Alterações oculares – pupilas esbranquiçadas, estrabismo que surgiu há pouco tempo, perda visual, hematomas ou inchaços ao redor dos olhos.
  • Inchaço abdominal
  • Dores de cabeças incomuns ou persistentes, acompanhada de vômito quando muito grave e que demonstra piora ao longo dos dias.
  • Fadiga, vontade de não fazer nada, se isolar.
  • Tontura, perda de equilíbrio ou coordenação.

“Entendendo esses sintomas, os pais podem prestar uma atenção mais cuidadosa nas dores e reclamações de seus filhos, o que, em teoria, pode diminuir o tempo entre o primeiro sinal de alguma doença, seu diagnóstico e uma possível cura”, finaliza Dr. Cláudio.